terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Rumo ao maravilhoso desconhecido




Minha mensagem para o ano novo 

Ruptura com tudo aquilo que aprisiona, sufoca, te impede de ser você mesmo e seguir em frente em busca de seus sonhos. 
Resistência contra as armadilhas que violentam a alma. Já se perguntou o que violenta a sua? 
Força que vem de dentro e te prepara para as batalhas diárias do dia a dia e para as internas, que são as mais desafiadoras, mas cruciais para seguir em frente. Entramos em contato com emoções positivas e negativas, compreendemos que existe a fase de semear, plantar, colher e reavaliar se o solo ainda pode trazer boas colheitas ou se é hora de mudar. E chegar à conclusão de que semear em novas terras é a escolha mais coerente é desafiador e pode trazer sofrimento, pois nos obriga a sair da zona de conforto, abrir mão de algumas coisas e partir para o desconhecido. Ah, esse desconhecido que tanto assusta! Mas já parou para pensar que as experiências de vida começam do desconhecido?  
Ir para a creche, início da alfabetização, o primeiro beijo, a primeira experiência sexual, o primeiro emprego, entre tantas coisas são exemplos de que as experiências são adquiridas quando nos expomos às situações. E ainda que sejamos experientes, novas experiências podem causar aquele friozinho na barriga de como se fosse a primeira vez e isso é super normal; o problema surge apenas quando o medo paralisa e aprisiona.   
A transformação entra em cena quando a culpa, a raiva e ódio deixam o palco e dão lugar para o perdão atuar. E o espetáculo recomeça quando destruímos as “muralhas” e partimos rumo ao novo de braços abertos.  
É fácil? De forma alguma, mas a terapia ajuda e muito. 

Feliz ano novo! 

Psicóloga Janaina Muniz
       11 98678-0950

Atendimento psicológico presencial e online
Instagram: psicologa_janaina_muniz




terça-feira, 18 de julho de 2017

Maternagem e paternagem: Início da minha vivência na gestação

Esse texto é totalmente diferente dos demais que escrevi porque nele pretendo discorrer a respeito da minha experiência de gestação e a relação com a maternagem e a paternagem..
Como é um texto em que conto sobre a minha história nesta etapa da vida, não fiz nenhuma leitura de artigos científicos e outros textos sobre o tema.

Alguns aprendizados com a gravidez

Engravidar após os 35 anos não é o fim do mundo. Isso mesmo. Estou terminando o oitavo mês de gestação e não tive nenhuma complicação na gravidez. Tenho hábitos de alimentação saudável e pratico atividade física antes de engravidar. A médica restringiu a atividade física para a hidroginástica a critério dela e interrompi a musculação e aderi a essa nova modalidade. Não é a minha preferida, mas já ajuda a controlar o peso, manter boa a circulação sanguínea, evitando ou diminuindo os inchaços (eu ainda não fiquei inchada) e não poderia deixar de citar o bem estar físico e mental, já que só tenho um pouco de dor nas costas quando me esforço mais ou quando fico muito tempo em pé. Mas nada como repousar durante uma hora para me sentir revigorada novamente.

 Fonte: Imagem do google

A tal da estabilidade financeira, algo tão disseminado e almejado pela maioria das mulheres nem sempre é alcançada. Apesar de ter uma graduação, fiquei grávida quando estava desempregada há um ano e dez meses. Não tenho uma agenda cheia de clientes e o saldo da minha conta bancária também não é de alguém "bem sucedido" na vida. Se você pensa que isso me deixou desesperada, se enganou, porque a primeira coisa que pensei foi em ter uma gestação tranquila sem os desafios nem sempre agradáveis que quem trabalha fora de casa conhece bem. E não são poucos.
Posso me permitir descansar quando percebo que estou esgotada. Outro motivador é ter consciência de que o necessário nunca nos faltou e a ajuda da família foi e tem sido fundamental.

Eu aprendi a viver apenas com o necessário e a refletir sobre a real necessidade antes de comprar qualquer mercadoria. A chegada do meu pequeno Raul tem me feito melhorar ainda mais no que diz respeito ao controle de gastos. Tanto que ao fazer o seu enxoval, eu e meu esposo decidimos escolher o que é necessário para uma criança e eliminamos artigos que teriam mais como função decorar para receber elogios dos possíveis visitantes do que necessariamente suprir as necessidades da criança. Deixo claro que não sou contra quem fez, deseja ou está fazendo uma super decoração no quarto do bebê, mas dentro da nossa realidade, decidimos que poderíamos oferecer o melhor para o Raul e sem ter gastos exorbitantes. E, de fato, não falta nada para o nosso filho.

Outro ponto importante é a assertividade para expressar o meu ponto de vista sem ofender as pessoas.
Desde o início da gravidez não deixei de fazer minhas tarefas na casa e se antes já incluia meu esposo, agora ele está ainda mais inserido. Era e ainda é frequente pessoas da família se oferecerem para fazer as tarefas domésticas apresentando a gravidez e o fato de meu esposo trabalhar fora como argumentos, que fiz questão de mostrar que não são motivos coerentes para que outras pessoas assumam nossas responsabilidades.
Foi necessário eu esclarecer que minha médica não me proibiu de absolutamente nada, que minha gravidez não é de risco e que as atividades domésticas podem e devem ser realizadas por quem vive na casa, exceto em caso de doença.


Sabe o que isso tem a ver com maternagem e paternagem, de forma indireta? 

A "desconstrução" de papeis direcionados ao gênero feminino e masculino.Aceitar ajuda é importante, mas quando necessária e desde que quem esteja ajudando esteja ciente de que é um auxílio temporário e que seu papel é ajudar o casal e nunca apenas a mulher. Se eu tivesse deixado as mulheres da família assumirem as tarefas da  minha casa, poderia ser uma forma de reforçar ainda mais a crença de que tais tarefas são destinadas apenas às mulheres e mesmo sem querer, eu estaria excluindo o meu esposo da nossa nova rotina.

                                                        Fonte: Imagem do google

Ele me acompanha em todas as consultas e exames, o que não é possível para muitos homens devido à carga horária de trabalho, nós fazemos juntos as tarefas de casa (já fazíamos antes, mas agora ele faz mais coisas) e ele tem a oportunidade de conhecer algumas limitações que ocorrem no decorrer da gravidez. Também é uma forma de construir um modelo de família onde os papeis são compartilhados antes do nascimento da criança, o que contribui para que ele possa se apropriar do papel de pai cuidador e empoderado e não aquele que só dá uma ajuda porque as mulheres da família, e até mesmo a esposa o excluem do papel protagonista de pai. Deixei meu esposo participar desde a escolha do nome do bebê até a decoração do quarto, que apesar de singela, não ficou  menos bonita. Aliás, ele criou e executou a decoração.

 Fonte: Imagem do google

Uma vez, estávamos assistindo a um programa na Cultura, cujo nome é "Papo de mãe". Ele olhou para mim, perguntou e argumentou: Por que papo de mãe? Isso é excluir. É papo de pai também. Eu estou aqui assistindo e interessado. Achei um questionamento coerente porque apesar de termos alguns padrões de comportamentos familiares machistas, a sociedade mudou muito e as famílias estão aos poucos mudando, e apesar de gostar do programa, o nome representa um retrocesso (eu ainda vou sugerir mudança do nome para a emissora).

Não quero passar a imagem do casal perfeito porque não somos. Nós temos qualidades e muitos defeitos. Eu também quero deixar claro que não é fácil desconstruir padrões de comportamentos que foram aprendidos na infância (isso ainda é motivo para discutirmos algumas vezes), pois meu esposo foi apresentado às tarefas domésticas apenas quando nos casamos, mas se ele está se propondo a mudar, já é um passo para que possamos mostrar ao Raul que fazer as tarefas da casa e cuidar dos filhos não é coisa só de mulher e que faz parte do processo de gestar em família.


  Janaina Muniz

   CRP: 06/107044


terça-feira, 6 de junho de 2017

Vivenciando a maternidade e a paternidade antes e após a chegada do bebê



                                                            Fonte: imagem do google

Este texto é dedicado aos casais que estão grávidos e também aos que já estão exercendo a paternidade e maternidade após o nascimento do bebê. O que mudou na vida de vocês com a notícia da chegada do bebê? Quais são as expectativas e angústias? Como é a vida de casal após a chegada da criança? E a divisão das tarefas?
A gravidez, sem dúvida é um período de grande transformação na vida de um casal e as mulheres vivenciam muitas transformações físicas, hormonais e psicológicas. Mas a ideia aqui não é dar ênfase à mulher, mas ao casal. Sim, quero priorizar o casal porque culturalmente todas as preocupações são direcionadas à futura mamãe e à criança, sendo que o futuro papai também tem tem suas expectativas e angústias, já que a vida dele também está em processo de mudanças, que geralmente são ignoradas.
Muitos pais gostariam de participar mais da gestação de suas companheiras e do período pós parto, mas infelizmente não conseguem dispensa do trabalho para acompanhá-las nas consultas e exames e a licença paternidade de apenas 5 dias também é outro dificultador para o fortalecimento do vínculo entre mãe, pai e filho.

                                                           Fonte: imagem do google

A maioria das empresas no Brasil não compreende a importância da presença do pai no pré-natal e após o nascimento do bebê. Incentivar a participação paterna, dispensando o funcionário para ir às consultas com a companheira e aumentar o tempo de licença paternidade pode inclusive aumentar a satisfação deste com a empresa e, consequentemente a sua produtividade. Para a mulher é de suma importância a presença do seu companheiro,por proporcionar mais segurança e tranquilidade, além de fortalecer o vínculo familiar.
Os casais devem conversar bastante e compartilhar o que sentem e o que esperam com a chegada da criança, já que trata-se de uma fase que produz muitas transformações na vida dos dois. As mulheres podem ter dúvidas como: vou ser uma boa mãe? será que vou conseguir conciliar a maternidade com minhas outras atividades? Também podem surgir inseguranças relacionadas à imagem corporal, por não se sentirem mais desejadas, e também ao parto, por temerem complicações, possíveis doenças que o bebê pode ter e também a morte. Por outro lado, os homens temem pela saúde da mulher, da criança e quando o parto se aproxima, também podem sentir medo da morte da companheira e do filho. Outra preocupação é referente à sua capacidade em prover tudo o que for necessário à família, já que carrega o "fardo" de provedor do lar, construído socialmente.
Se você, homem, vai ter um filho e não pode ir às consultas do pré-natal e aos exames de ultrassonografia, anote todas as suas dúvidas e peça para que sua companheira pergunte ao médico que acompanha a gestação.
Falem sobre a consulta e as dúvidas quando estiverem juntos, compartilhem cada momento. Acariciem a barriga, conversem com a criança, expressem o amor que sentem por ela, mesmo que ainda não seja possível vê-la, pois a formação do vínculo é fundamental para o desenvolvimento psíquico do bebê.



                                                            Fonte: imagem do google

O modelo da nossa sociedade ainda é predominantemente patriarcal, sexista e machista. Contudo, os papeis familiares estão se modificando cada vez mais devido ao ingresso da mulher no mercado de trabalho. Com isso, as tarefas que antes eram destinadas ao gênero feminino estão sendo cada vez mais compartilhadas entre o casal, embora ainda não seja a realidade de muitas famílias brasileiras. Também é interessante notar que os homens querem participar mais da gravidez de suas companheiras.
Quando o bebê nascer, por mais importante e necessário que seja o auxílio da família, o casal deve organizar a sua própria rotina para que possam dividir os cuidados com o bebê e demais tarefas, o que permite a ambos se sentirem responsáveis. A presença do pai na vida de uma criança é tão importante quanto a presença da mãe e os papeis devem ser complementares. Por isso, uma dica para as mães, que mesmo sem querer acabam limitando a participação dos pais: deixem-os aprenderem a ser pais e também donos da casa. Afinal ninguém nasceu sabendo cuidar de bebês e da casa. E se muitas mulheres tem mais habilidades para essas atividades que a maioria dos homens é devido a comportamentos aprendidos na infância, desde as brincadeiras até as tarefas específicas para cada gênero. A desconstrução começa quando há mudanças nas formas de pensar e agir.

Fonte: imagem do google


Janaina Muniz
 Psicóloga
CRP: 06/107044


domingo, 30 de abril de 2017

Bullying, depressão e suicídio: Qual a relação entre eles?

Fonte: imagem do google
Apesar do bullying ser uma prática de violência tão antiga quanto a instituição escolar, os estudos a seu respeito são recentes. Na Suécia, teve início na década de 70 e na Noruega, na década de 80. Já no Brasil, foi apenas em meados da década de 90 que tiveram início as primeiras pesquisas.
Portanto, se você é adulto e é daqueles que falam que na sua época ninguém morria por causa das "brincadeiras", talvez seja este o momento de refletir um pouco, já que a violência existia, mas a banalização era um dificultador para um olhar a respeito das consequências. E se hoje o tema tem bastante repercussão é porque existem estudos que conseguiram estabelecer um nexo causal entre as práticas de bullying e transtornos mentais.
Bullying é o termo utilizado para designar violência. Para que seja caracterízado o bullying, os atos devem ser praticados repetida e intencionalmente, sem que haja um motivo que os justifique; também existe uma relação de poder do agressor sobre a vítima, com o intuito de intimidar, amedrontar e denegrir a imagem da vítima.
Bully: Intimidar."Valentão" é o termo empregado para identificar o bully (agressor).
Além do agressor e da vítima, existem os intimidados, que se calam por receio de serem vítima e os expectadores que assistem e incentivam o comportamento do agressor. Em ambos os casos, existe o consenso com a prática do bullying, e estes também podem se tornar agressores diretos.


Fonte: imagem do google

O cyberbullying é praticado por meio da internet com o objetivo de humilhar e ridicularizar alunos, pessoas desconhecidas e até mesmo professores. Embora o ataque seja realizado de forma virtual, é um tipo de agressão que tem preocupado pais e professores devido à rapidez e descontrole com que os insultos se multiplicam e contribuem para denegrir ainda mais a imagem da vítima.

Fonte: imagem do google

Formas de bullying

Verbal: xingar, colocar apelidos ofensivos;
Física e material: bater, empurrar, furtar ou destruir objetos da vítima;
Psicológica e moral: chantagear, intimidar, difamar, discriminar, isolar, humilhar;
Sexual: insinuar, assediar, violentar;
Virtual ou cyberbullying: violência psicológica e moral que além de ocorrer presencialmente, pode ser extendida à internet, com uso de recursos tecnológicos como celulares, câmeras fotográficas e filmadoras,por exemplo.

Quem é o agressor? 

Algumas características do agressor são: impulsividade, insegurança, baixa tolerância à frustração e dificuldades em aceitar regras e limites. Famílias com pais negligentes ou severos contribuem para o comportamento agressivo dos filhos e, em alguns casos, podem torná-lo propenso a também sofrer bullying.

Quem é a vítima?

As vítimas escolhidas normalmente são crianças ou adolescentes com baixa autoestima, com dificuldades em se integrar nos grupos ou em atividades na escola, que possuem poucos amigos ou que são vistas frequentemente sozinhas,e que não demonstram muita resistência às agressões. Os pais dessas crianças e adolescentes geralmente são superprotetores, mas também podem ser negligentes e agressivos.

Castigos físicos ou ofensas como chamar a criança de burra, incompetente, comparando-a com o irmão ou outra criança dando a entender que ela não é boa o suficiente no que faz são exemplos de que o bullying começa em casa e que essa criança, além de não desenvolver autoestima, pode sofrer com consequências negativas em seu desempenho escolar por não acreditar na sua capacidade e vir a desenvolver ansiedade, agressividade, depressão, ideações suicidas que, em casos mais graves, podem desencadear tentativa ou concretização de suicídio.
Se você pratica ou já praticou bullying contra alguém, este é o momento para refletir acerca de suas atitudes e os prejuízos desencadeados na vida da vítima.
A escola deve fazer campanhas de conscientização sobre bullying e suas consequências bem como atuar em seu combate.
A família deve priorizar o diálogo e deve observar se a criança ou adolescente tem amigos, quem são e se conhece alguém que sofre violência na escola ou se ele é a vítima. No caso dos agressores, os pais ou responsáveis devem corrigir os comportamentos dos filhos por meio do diálogo, mostrando a importância de se colocar no lugar do outro, para que seja, aos poucos internalizada a empatia. Os castigos físicos além de não permitirem a reflexão acerca dos próprios comportamentos também são violência e só perpetuam a cultura da agressão,
É preciso questionar a qualidade das relações interpessoais dentro de casa, levando em consideração que a família é a principal referência para a formação do indivíduo Não é difícil encontrar crianças e jovens que são vítimas ou que praticam bullying sofrerem agressões de diversos tipos dentro do ambiente familiar.


Fonte: imagem do google

Se seu filho é vítima ou agressor ou se se você comete algum tipo de violência com seu filho e não consegue mudar, é hora de procurar um psicólogo.
Jovens, conversem com seus pais e não tenham medo ou vergonha de pedir a eles que o levem a um psicólogo, pois as consequências negativas também acarretam em prejuízos na vida adulta.




Janaina Muniz
Psicóloga
11 95146-6229 (whatsapp)
CRP 06/107044










sexta-feira, 7 de abril de 2017

Depressão na infância e adolescência. É preciso discutir e agir.

                                                Fonte: http://psiqweb.net/index.php/infancia-e-adolescencia/depressao-na-infancia/

O tema da campanha da Organização Mundial de Saúde de 2017 é depressão e eu escolhi discutir um pouco a respeito da depressão infantil,  que é um tema bastante sério e estudos tem demonstrado que o número de crianças e adolescentes que sofrem com esse transtorno mental vem aumentando.
Algumas pessoas mais velhas podem até ter algumas crenças como:

 Isso é frescura desses jovens de hoje.
 Essa juventude tem de tudo e não sabe dar valor.
 Na minha época a vida era muito difícil e jovem não tinha essas coisas.
 Isso é falta de trabalho. Hoje em dia jovem não pode trabalhar.
 Isso é falta de Deus no coração.

Infelizmente a depressão afeta crianças, adolescentes e adultos, com ou sem religião e o fato da pessoa exercer ou não uma atividade profissional não a isenta de sofrer com a doença, que é considerada incapacitante e que, em casos graves pode matar. Resumindo, depressão não é frescura e é preciso desconstruir o preconceito a seu respeito.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil tem 11,5 milhões de casos de depressão, ou seja, 5,8% da população sofre com a doença, que se não tratada, pode levar o indivíduo ao suicídio. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, sendo o primeiro lugar ocupado pelos Estados Unidos com 17,4 milhões de pessoas que sofrem com o transtorno, o que representa, 5,9% de sua população. Em casos mais graves, pode levar ao suicídio, que já é apontado como a segunda causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
Como o diagnóstico de depressão na infância e adolescência é recente, é possível pensar que muitos adultos que sofrem com o transtorno podem tê-lo desenvolvido antes da idade adulta e a falta de diagnóstico e tratamento pode ser um dos indicativos de taxa elevada da doença em adultos. 
Variáveis como hereditariedade, características do indivíduo e ambiente estão relacionadas ao desenvolvimento da doença.  Explicando de outra forma, a presença de depressão ou outros transtornos mentais nos pais ou parentes próximos, baixa autoestima e autoconfiança e ambientes onde a criança é negligenciada, sofre abusos físicos, emocionais e sexuais são alguns dos fatores de risco presentes.
Não é fácil, a príncípio identificar a depressão em crianças porque elas ainda não sabem descrever suas emoções como os adultos. Por isso, alguns sintomas físicos como dores de barriga e de cabeça e fadiga podem estar presentes, seguidos de outros sinais como:
  • Humor irritado ou deprimido;
  • Ansiedade de separação;
  • Redução do apetite e, consequentemente do peso;
  • Alterações no sono marcadas por pesadelos frequentes;
  • Perda de interesse por brincadeiras e convívio com outras crianças ou até mesmo adultos;
  • Desatenção elevada;
  • Dificuldades de aprendizagem;
  • Baixa autoestima e autoconfiança;
  • Medo excessivo, duradouro e persistente;
  • Sentimento excessivo de culpa e inutilidade;
  • Autocrítica elevada.
Algumas pessoas, ao lerem essa descrição podem pensar: “Meu (minha) filho (a)/sobrinho (a)/neto (a) tem depressão”.
Esclareço que existem outros transtornos da infância e adolescência com sintomas semelhantes e o diagnóstico deve ser realizado pelo psicólogo ou psiquiatra.

Depressão e suicídio na adolescência

                                                                Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8Y_gI1fQ7iI

É comum o abuso e dependência de álcool e outras drogas e suicídio em adolescentes que não trataram a depressão na infância e é por isso que pais ou outros familiares que sejam responsáveis pela criança devem estar atentos e jamais minimizar as queixas e comportamentos da criança.
Lembrem-se que quanto mais cedo for o diagnóstico e tratamento, menores serão os prejuízos e as chances de um prognóstico favorável são maiores.


Janaina Muniz
Psicóloga
11 95146-6229 (whatsapp)
CRP 06/107044








quarta-feira, 22 de março de 2017

Sexo e menopausa. Uma combinação possível



              Fonte: http://www.mulherinformada.com

Acredito que você já tenha escutado algo a respeito da menopausa, mas um termo pouco usado e conhecido é o climatério.Você sabe qual a diferença entre a menopausa e o climatério? São doenças?
Embora exista uma tendência a definir climatério e a menopausa como doenças a serem tratadas, a Organização Mundial da Saúde reconhece que são fases da vida mulher, que são descritas abaixo:

Climatério
Corresponde a um período biológico da vida da mulher, dos 35 anos 65 anos no qual, além de aspectos culturais, sociais, psicológicos e emocionais, os diversos sintomas poderão ser vivenciados com maior ou menor intensidade. Alguns deles são: ondas de calor, suores "frios", insônia, tristeza, instabilidade emocional, alterações nos hábitos sexuais, na pele e distribuição de gordura corporal, com transformações no corpo.
Menopausa
A menopausa é caracterizada como um marco dessa fase e corresponde ao último ciclo menstrual e é identificada pela ausência de menstruação no período de 12 meses. Normalmente ocorre em torno dos 48 aos 50 anos de idade.
Assim, as queixas relatadas pelas mulheres que estão nessa fase de transição são, na verdade atribuídas ao climatério e não à menopausa.
Se você, que é mulher e está nessa faixa etária, é importante refletir sobre algumas questões:

Como está a sua vida pessoal e profissional atualmente?
Como é o seu relacionamento com cônjuge e familiares?
Se você é solteira, divorciada ou viúva, como se sente?
Você se permite momentos de lazer?
Você está cuidando da sua saúde como deveria?
Como é a sua relação com o seu corpo?
Como está a sua autoestima e autoconfiança?
Como está a sua vida sexual?

Aí você pergunta:
Mas o que tudo isso tem a ver com climatério e menopausa?
Eu respondo que tem tudo a ver, porque apesar das queixas frequentes serem atribuídas a desconfortos físicos em sua maioria, o estado emocional da mulher também é afetado e a maneira como cada mulher irá vivenciar esse período está associada à sua história de vida passada e atual.
É bastante frequente mulheres que constituem família e assumem o papel de cuidadoras se esquecerem de si no decorrer de suas vidas e enfrentarem dificuldades para encontrar novos papeis sociais na maturidade, devido ao crescimento dos filhos e aposentadoria. E para algumas, as transformações biológicas decorrentes do climatério e da menopausa podem provocar um sofrimento psíquico extremo, visto que também é comum a correlação entre incapacidade de gerar filhos e fim da vida, bem como restrição sexual devido às queixas físicas e emocionais.
Dependendo de como é a relação dessa mulher com o seu corpo e sua autoestima, sentimentos de menos valia e crenças distorcidas podem surgir:

É o fim da vida.
Não sou mais bela e, portanto não sou mais capaz de seduzir e ser desejada.
Sou velha demais para querer saber de sexo. Isso é coisa para mulher jovem.

Estes foram alguns exemplos de possíveis crenças que podem surgir, mas a boa notícia é que o prazer sexual pode ser desfrutado em qualquer fase da vida  e o climatério e menopausa fazem parte de uma etapa da vida da mulher que pode ser de grandes realizações.
Mas algumas de suas queixas podem ser:

Eu tenho dores durante as relações sexuais.
Eu não tenho mais lubrificação na vagina.
Não tenho mais interesse em sexo.

É  importante consultar um médico para investigação das possíveis causas das queixas clínicas e tratamento, quando necessário. Vale destacar que o desejo sexual não acaba quando uma pessoa envelhece e procurar um psicólogo uma vez que a psicoterapia é capaz de promover autoconhecimento, auxiliando na desmistificação do sexo na maturidade, na ressignificação da vida e dos papeis desenvolvidos, assim como o encontro de novas funções e projetos de vida. 

Talvez você tenha vergonha de procurar ajuda porque culturalmente, o sexo na maturidade ainda é repleto de mitos e preconceitos. O que acha de "quebrar" esse paradigma e viver melhor?
Você também pode pensar assim:

Se eu fizer reposição hormonal, vou ficar bem.

É preciso esclarecer que a reposição hormonal, quando indicada pode trazer benefícios, mas a falta de cuidado com a mente também pode promover sofrimento psíquico e até mesmo transtornos mentais,  estes últimos, por sua vez, poderão provocar desequilíbrio entre corpo e mente.
Que tal oferecer a si um cuidado integral? Além das orientações já descritas, este pode ser um momento oportuno para refletir sobre a carreira profissional, procurar atividades prazerosas que foram abandonadas ou nunca realizadas, cuidar da alimentação e praticar atividade física (é recomendado fazer uma avaliação médica).
Quer mais informações sobre o tema? Deixe comentários e sugestões.
                  Fonte: http://www.mulherinformada.com










Janaina Muniz
Psicóloga
11 95146-6229 (whatsapp)
CRP 06/107044














terça-feira, 7 de março de 2017

Envelhecer: Uma condição ou uma doença que precisa ser erradicada a qualquer preço?


Você já se imaginou com 50 anos de idade ou mais?  Como se sentiu? Se já chegou nessa faixa etária ou se já a ultrapassou, como se sente?
Agora, independente da sua idade, já questionou os padrões de beleza tão distintos para homens e mulheres?
Enquanto na China e no Japão a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito, na  cultura ocidental, o culto à beleza e juventude prevalecem. Embora o envelhecimento seja enxergado como algo negativo na nossa cultura, uma pressão exacerbada recai sobre as mulheres. É possível mencionar o Natal como exemplo dessa pressão onde o processo de envelhecer é negado à mulher na medida em que geralmente são escolhidas apenas mulheres jovens e magras como assistentes do “bom velhinho”. Afinal, ser velha e gorda parece ser algo inadmissível para as mulheres.
Sabe-se que atualmente, alguns homens buscam tratamentos estéticos, mas estudos mostram que as mulheres lideram o ranking de cirurgias plásticas estéticas e em alguns casos, quando indagadas sobre os cabelos grisalhos ou brancos em homens e mulheres, atribuem charme ou maturidade aos homens e envelhecimento e falta de cuidado para as mulheres.
Se o processo de envelhecimento é inevitável para ambos, qual seria o motivo da conotação negativa para o envelhecimento feminino?
Personagens interpretadas por atrizes como Vera Holtz (Magnólia em A lei do amor)  e Meryl Streep (Miranda em O diabo veste prada) podem representar uma ruptura de protótipo de beleza feminina na medida em que mostram que a beleza e sensualidade existem e podem ser expressas na maturidade.

                                

                                                                          Fonte: http://www.purepeople.com.br

                                

                                                                      Fonte: http://revistadonna.clicrbs.com.br

Fazer perguntas a si mesmo é importante e nos ajuda a compreender melhor as nossas necessidades:

Como está minha autoestima e autoconfiança?
A quem eu quero agradar?
Preciso seguir um determinado padrão para me sentir bela, aceita e feliz?

A proposta desse texto não é impor um novo padrão a ser seguido e tampouco condenar quem procura procedimentos estéticos, mas propiciar questionamento acerca do que se busca ao realizar um tratamento estético de baixa, média ou alta complexidade.
 Afinal, por mais que se busque o auxílio de profissionais da beleza, sentir-se bem consigo deve ocorrer de dentro para fora. Sendo assim, é possível compreender e aceitar que o envelhecimento e a finitude fazem parte de nossa condição de ser humano.

                                     

                                                                                Fonte: http://kdfrases.com




Janaina Muniz
Psicóloga
11 95146-6229 (whatsapp)
CRP 06/107044