Fonte: http://psiqweb.net/index.php/infancia-e-adolescencia/depressao-na-infancia/
O tema da campanha da Organização Mundial de Saúde de
2017 é depressão e eu escolhi discutir um pouco a respeito da depressão
infantil, que é um tema bastante sério e
estudos tem demonstrado que o número de crianças e adolescentes que sofrem com esse
transtorno mental vem aumentando.
Algumas pessoas mais velhas podem até ter algumas
crenças como:
Isso é frescura desses jovens de hoje.
Essa juventude tem de tudo e não sabe dar
valor.
Na minha época a vida era muito difícil e
jovem não tinha essas coisas.
Isso é falta de trabalho. Hoje em dia jovem
não pode trabalhar.
Isso é falta de Deus no coração.
Infelizmente a depressão afeta crianças, adolescentes
e adultos, com ou sem religião e o fato da pessoa exercer ou não uma atividade
profissional não a isenta de sofrer com a doença, que é considerada
incapacitante e que, em casos graves pode matar. Resumindo, depressão não é frescura
e é preciso desconstruir o preconceito a seu respeito.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o
Brasil tem 11,5 milhões de casos de depressão, ou seja, 5,8% da população sofre
com a doença, que se não tratada, pode levar o indivíduo ao suicídio. O índice
é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, sendo o primeiro
lugar ocupado pelos Estados Unidos com 17,4 milhões de pessoas que sofrem com o
transtorno, o que representa, 5,9% de sua população. Em casos mais graves, pode
levar ao suicídio, que já é apontado como a segunda causa de morte entre jovens
com idade entre 15 e 29 anos.
Como o diagnóstico de depressão na infância e
adolescência é recente, é possível pensar que muitos adultos que sofrem com o
transtorno podem tê-lo desenvolvido antes da idade adulta e a falta de diagnóstico e tratamento pode ser um dos indicativos de taxa elevada da
doença em adultos.
Variáveis como hereditariedade, características do indivíduo e ambiente estão relacionadas ao desenvolvimento da doença. Explicando de outra forma, a presença de
depressão ou outros transtornos mentais nos pais ou parentes próximos, baixa
autoestima e autoconfiança e ambientes onde a criança é negligenciada, sofre
abusos físicos, emocionais e sexuais são alguns dos fatores de risco presentes.
Não é fácil, a
príncípio identificar a depressão em crianças porque elas ainda não sabem
descrever suas emoções como os adultos. Por isso, alguns sintomas físicos como
dores de barriga e de cabeça e fadiga podem estar presentes, seguidos de outros
sinais como:
- Humor irritado ou deprimido;
- Ansiedade de separação;
- Redução do apetite e, consequentemente do peso;
- Alterações no sono marcadas por pesadelos frequentes;
- Perda de interesse por brincadeiras e convívio com outras crianças ou até mesmo adultos;
- Desatenção elevada;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Baixa autoestima e autoconfiança;
- Medo excessivo, duradouro e persistente;
- Sentimento excessivo de culpa e inutilidade;
- Autocrítica elevada.
Algumas pessoas, ao lerem essa descrição podem
pensar: “Meu (minha) filho (a)/sobrinho (a)/neto (a) tem depressão”.
Esclareço que existem outros transtornos da infância
e adolescência com sintomas semelhantes e o diagnóstico deve ser realizado pelo psicólogo ou psiquiatra.
Depressão e suicídio na adolescência
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8Y_gI1fQ7iI
É comum o abuso
e dependência de álcool e outras drogas e suicídio em adolescentes que não
trataram a depressão na infância e é por isso que pais ou outros familiares que
sejam responsáveis pela criança devem estar atentos e jamais minimizar as
queixas e comportamentos da criança.
Lembrem-se que
quanto mais cedo for o diagnóstico e tratamento, menores serão os prejuízos e
as chances de um prognóstico favorável são maiores.
Janaina Muniz
Psicóloga
11 95146-6229 (whatsapp)
CRP 06/107044
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